desse segmento tem enfrentado. A principal modalidade de transporte de cargas no país é o rodoviário e várias condições dificultam melhorias nesse setor. Confira quais são os maiores desafios das empresas de transporte de cargas.
O impacto que a atual crise do país tem causado na infraestrutura é incalculável.
Várias estradas brasileiras estão na mais completa escassez de manutenção.
De acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Brasil tem uma malha rodoviária de 1.584.402 quilômetros, sendo apenas 220.378 delas pavimentadas.
E boa parte desses trechos estão em péssimas condições para circulação.
Esse é um dos principais problemas enfrentados pelas transportadoras, pois acaba influenciando vários outros pontos, como veremos a seguir.
A deterioração da malha brasileira causa muitos problemas no transporte de cargas.
Entre eles, o acelerado desgaste dos pneus, do desempenho do amortecedor, entre outros fatores que influenciam diretamente na deterioração do veículo antes do prazo previsto.
Cerca de 35% do valor cobrado pelas transportadoras no valor do frete é gasto na manutenção da frota.
A péssima condição das estradas influencia diretamente no gasto com combustível.
O pneu desgastado pela falta de manutenção das rodovias força o motorista a acelerar mais, além de ter que frear muitas vezes para desviar buracos na pista.
Considerando o custo total com a manutenção dos veículos, o combustível pode chegar a 70% do total.
Um dos grandes desafios do transporte rodoviário é o aumento do roubo de cargas que atingiu marcas históricas nos últimos anos.
Entre os produtos mais visados pelos criminosos, destacam-se: alimentos, cigarros, eletroeletrônicos, produtos farmacêuticos, produtos químicos, têxteis, autopeças, combustíveis e bebidas.
Em 2015, o roubo de cargas de caminhões ultrapassou R$ 1,2 bilhões em prejuízo.
O Rio de Janeiro é um dos estados com maior número de casos de cargas roubadas, registrando em média 30 por dia.
Na divisão por regiões, o Sudeste aparece em primeiro lugar, com mais da metade dos roubos de cargas no Brasil, e com perdas enormes, de quase 70%.
A região Nordeste vem em seguida, com 20% dos assaltos. A região Sul tem cerca de 10%, Centro Oeste 6% e o Norte do país, 6%.
Uma grande preocupação é o risco com acidentes que os motoristas correm.
A maior parte das colisões frontais nas BRs acontecem em trechos de pistas simples.
De acordo com pesquisas da CNT, nas rodovias administradas pelo poder público, 94% têm pista simples. Nas pedagiadas, o índice cai para 54%.
Outro fator de grande impacto no valor final do frete e nos custos financeiros das empresas é o alto grau de sinistralidade das frotas.
Em 2014, 90% das colisões nas BRs foram em trechos de pista simples.
A falta de manutenção da malha rodoviária deixa as estradas mais lentas, prolongando o prazo de entrega dos produtos.
Além disso, é importante as empresas se planejarem com relação às suas coletas e entregas.
A ideia é que não ocorram imprevistos, já que em grandes centros urbanos há restrições de horários para a circulação de alguns tipos de veículos, que também pode impactar no prazo de entrega.
No caso de mercadorias perecíveis é necessária uma série de adaptações para impedir danos nas embalagens dos alimentos, o que pode encarecer em até 25% o valor do frete.
Além dos fatores técnicos, o fator humano é um grande responsável pelo estado de conservação e desempenho dos veículos.
A velocidade do condutor influencia diretamente no consumo de combustível, no desgaste dos pneus e do caminhão como um todo.
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