Como fazer o controle de pneus?

Todo e qualquer sistema de gestão em empresas relacionadas a transporte, necessita de um controle de pneus efetivo. A exatidão na hora do preenchimento dos dados no sistema é o que trará resultados satisfatórios posteriormente. Mas como realizar o controle de pneus da maneira correta?

pneus

O ponto crucial deste processo é o momento em que se realiza o cadastro dos itens. Seja em uma planilha manual ou em um software automatizado, cada informação precisa ser fiel a realidade.

Ao declarar no sistema, a compra de um pneu da marca X, com a dimensão 175, você garante que os cálculos podem ser realizados a partir deste aspectos.  Portanto, um simples erro de digitação que troque esta dimensão por 195, irá construir gráficos com indicativos equivocados.

Os gráficos são a base dos relatórios finais, que por sua vez são elementos determinantes para a tomada de decisões. Ou seja, um número cadastrado incorretamente pode levar a escolhas prejudiciais à empresa.

É bom ter em mente que o controle de pneus afeta não somente o ciclo de compra de pneus, mas também diferentes setores que dependem da performance deste departamento.

Além disso, os pneus representam aproximadamente 25% dos gastos no faturamento da gestão de frota. Porcentagem que sozinha, já consegue chamar atenção para o caso.

Cadastro

Há alguns dados básicos a serem preenchidos durante o cadastro de veículos e pneus. Ao cadastrar um novo veículo, é ideal que haja informações, como:

  • Número da placa;
  • Frota;
  • Fabricante;
  • Se o automóvel é próprio ou terceirizado;
  • A categoria e o segmento de atuação;
  • O hodômetro inicial;
  • A data e hora em que o veículo se encontra com estes números.

Quanto ao cadastro de pneus, outras informações são fundamentais:

  • Número de fogo;
  • Dados de fabricação (DOT);
  • Série;
  • Modelo;
  • A data de movimentação;
  • O tipo de aquisição (novos, em uso, carcaças, recapados etc);
  • Em qual vida útil ele se encontra;
  • A banda de rodagem;
  • Sulco;
  • Os quilômetros rodados;
  • O NF-e;
  • Data de emissão;
  • Valor unitário;
  • Valor total de acordo com a quantidade de pneus iguais adquiridos.

Os cadastros devem ser os mais coerentes possíveis. Relacionando os devidos fornecedores, categorias e atribuindo os pneus certos aos veículos.

Esses cuidados vão garantir que você não tenha problemas futuros com informações discordantes e precise alterar algum cadastro inicial.

Ao extrair toda e qualquer informação, nem que seja no Excel, as informações têm que ser reais. E então, o procedimento de tomada de decisão será cada vez mais assertivo.

Rodízio

O controle também consiste na análise do estado dos pneus e em saber quando deve haver a troca deles.  Seja para o envio à recapagem, venda da carcaça ou até mesmo o rodízio.

O rodízio é aconselhável para coibir o desgaste diferente em cada eixo ou entre os pneus internos e externos.

Revezar os pneus entre os eixos e os demais espaços periodicamente, permitirá o desgaste proporcional entre eles. Esta simples ação ajuda ainda a prolongar a vida útil dos pneus.

Cada peça possui suas indicações particulares. Por isso, para saber o tempo exato entre as trocas, basta consultar o manual do fabricante.

Direção defensiva

Aplicar treinamentos de direção defensiva aos motoristas é igualmente importante para fazer o controle de pneus. Isto porque ao desenvolverem um trabalho equilibrado e responsável, eles conseguem conter os excessos e impactos indevidos sobre o pneu.

Este item não é apenas uma questão de trabalhar ponderadamente com a redução de custo. A direção defensiva consegue postergar a manutenção do veículo e previne contra acidentes.

Cabe ao motorista realizar revisões preventivas, não deixar a marcha em ponto morto durante muito tempo e evitar freadas bruscas para amenizar o esgotamento dos pneus.

Respeitar limites de peso e a sinalização, além de auxiliar na segurança do motorista e terceiros, inibe deformações no pneu.

Telemetria

Aspectos como freadas bruscas, RPM do motor e trocas de marcha podem ser avaliados através da telemetria. Um sistema de rastreamento que é capaz de mensurar o comportamento do caminhão.

A telemetria facilita o monitoramento do veículo e retira essa responsabilidade das mãos do motorista.

Incluir esta estratégia à gestão da frota irá trazer grandes benefícios para toda a logística da sua empresa.

Combustível

Poucas pessoas levam em consideração o combustível na hora de realizar o controle de pneus.

À primeira vista esta relação pode aparentar ser um pouco confusa, mas a verdade é que um está diretamente ligado ao outro.

Ao trafegar com pneus mal calibrados ou com as medidas do sulco abaixo do permitido, por exemplo, o veículo exigirá mais potência do motor e, consequentemente, gastará mais combustível.

Para fazermos uma associação rápida, imaginemos que estamos pedalando uma bicicleta com pneus murchos. Certamente, ir de um lugar a outro será uma tarefa bem difícil e demandará muito mais força do ciclista.

Recapagens

Conforme a lei, o pneu pode rodar até o momento em que o desgaste do seu sulco atingir 1,66 milímetros.

Esta medida também indica o fim do período de recapagens do pneu.

As recapagens acontecem para que haja a substituição da borracha da banda de rodagem desgastada por uma nova.

Esta medida de controle de pneus, por diversas vezes, ajuda a empresa a economizar capital financeiro.

Para determinar se esta é uma medida vantajosa, é necessário analisar os indicadores obtidos através das planilhas ou sistema.

Relatórios

Esta é a hora de usufruir de todo o cuidado e empenho que você teve ao cadastrar cada detalhe corretamente.

Para aqueles que utilizam planilhas do Excel, extrair os dados e realizar os cálculos exigirá novamente cautela.

Quando lidamos com o fator humano, nem sempre as informações são precisas.

Já os que utilizam sistemas de gestão, possuem a vantagem de contarem com códigos, fórmulas, relatórios e gráficos automatizados.

O objetivo dos relatórios é auxiliar os gestores na tomada de decisões, possibilitando respostas rápidas aos desafios diários da empresa.

Além disso, com os relatórios ainda é possível adotar medidas preventivas que colaborem para o sucesso das operações.

Você consegue identificar, por exemplo, com qual fabricante de veículos está sendo difícil reduzir custos, quais placas estão apresentando desgastes excessivos nos pneus ou quando será a próxima calibragem, recapagem ou dia do próximo rodízio de cada caminhão.

Com as informações corretas, o retorno será assertivo.

Artigos recentes

Quero receber novidades em primeira mão!