Controle de Pneus | O guia completo para sua empresa

Conduzir o monitoramento logístico de uma frota é uma tarefa difícil, que demanda tempo e exige disciplina por parte do gestor. Principalmente quando estamos falando de pneus, que possuem grande rotatividade. Quando o controle de pneus é realizado de maneira eficiente, a empresa consegue economizar recursos, oferecer mais segurança aos motoristas e às cargas, evitar acidentes e adotar decisões a partir da coleta e análise de dados.

Neste artigo, encontram-se definições e dicas para que você possa implantar um controle de pneus otimizado dentro da sua empresa.

O QUE É CONTROLE DE PNEUS

Os pneus são parte fundamental para a composição de qualquer veículo e representam grande parte dos gastos de manutenção das frotas.

O cuidado com estas peças precisa ser diário. Realizar o controle de pneus, além de fazer com que a empresa economize financeiramente, permite a redução dos riscos de acidentes.

Mantê-los em bom estado é essencial para que o motorista esteja seguro e a carga também.

Medição de pressão e de sulco, balanceamento, limite de desgaste, movimentação dos pneus, controle da banda de rodagem e gerenciamento do almoxarifado e dos principais fornecedores, estão entre os diversos processos incorporados ao controle de pneus.

A partir deste controle, até mesmo os clientes da empresa se sentem seguros, pois há garantia de proteção à carga.

O tempo de entrega consequentemente será mais preciso, já que as chances de ocorrerem imprevistos relacionados aos pneus reduzem drasticamente.

O controle de pneus mostra aos gestores de frota a posição atual dos pneus em cada caminhão. O histórico da trajetória e dos serviços executados referentes a essas peças, podem ser acessados da mesma maneira.

A compra de novos pneus é igualmente beneficiada por este controle. Com base em dados coletados ao longo do tempo, é possível conhecer as marcas e modelos com maior durabilidade.

Receber alertas sobre o momento certo para efetuar a manutenção ou reforma dos pneus é outra vantagem alcançada através do controle.

As variáveis que surgem com base no controle de pneus são inúmeras. Por esse motivo, os gestores devem estar sempre atentos às movimentações e aos indicadores.

Cada fabricante de pneu indica um período de vida útil e medidas diferentes aos proprietários dos veículos. No entanto, estes números são diretamente influenciados por outros fatores, como o modo de condução do veículo, os locais por onde passa e o nível de cuidado.

Limite de desgaste

É preciso ter cuidado para que o frete baixo, excesso de peso e a necessidade de estar na estrada a maior parte do tempo não prejudiquem drasticamente a manutenção correta dos pneus.

O limite máximo de desgaste do pneu é de 1,66 mm de profundidade dos sulcos. Abaixo dessa medida ele será considerado careca.

Este dado é conhecido por muitos, se não todos, que trabalham com frotas e veículos. Mesmo assim, alguns ainda arriscam vidas e mercadorias ao negligenciar o controle de pneus. De acordo com a resolução do Contran 558/80, trafegar com pneus abaixo do limite é ilegal e pode levar a apreensão do veículo.

A análise adequada dos pneus possibilita também que a empresa espere o momento ideal para realizar a troca dos pneus.

As fabricantes de pneus apresentam um alto faturamento relativo ao mercado de reposição, indicando que a maioria dos motoristas e gestores seguem esta estratégia. Após a troca, as recomendações dos fabricantes devem ser observadas para evitar o desgaste prematuro.

Estes detalhes parecem pequenos, mas quando cuidadosamente resolvidos oferecem ainda, rotas mais seguras e economia de combustível.

COMO FAZER O CONTROLE DE PNEUS

Para fazer o controle de pneus a empresa pode utilizar diferentes ferramentas. Seja uma planilha, um sistema de controle ou ainda o próprio papel.

O que deve ser avaliado são as intenções e metas para o futuro da organização.

O gestor precisa responder, principalmente, às seguintes perguntas: terá alguém responsável somente por atualizar as informações referentes aos pneus? Qual o tempo disponível para ser dedicado integralmente ao controle de pneus? É preferível investir capital financeiro para ter dados assertivos ou confiar em uma pessoa para fazer a análise?

Ao realizar este apontamento será possível selecionar a ferramenta mais adequada para o controle de pneus.

As respostas obtidas durante o monitoramento de pneus devem ser coletadas no menor tempo possível. Identificando principalmente as condições de calibragem das peças.

A calibragem influencia no consumo de combustível, no desgaste do pneu e no tempo de intervalo para a aplicação do rodízio (inversão dos pneus dentro dos eixos de cada veículo).

CALIBRAGEM DE PNEUS

Manter a calibragem correta dos pneus traz diversas vantagens para o seu veículo. Como por exemplo, além de evidentemente prolongar a vida útil dessas peças, proporciona uma maior economia de combustível.

A calibragem adequada oferece inclusive melhor manuseio do veículo, aumentando a confiabilidade da tração e tornando a condução mais confortável.

Os pneus devem ser calibrados de acordo com a recomendação do fabricante do carro.

Pneus que apresentam este valor acima do indicado, tornam-se rígidos e reduzem a superfície de contato do pneu.

Isso faz com que haja o desgaste irregular principalmente na parte central do pneu.

Já os pneus que rodam mesmo estando com o valor abaixo do ideal, ficam mais planos. Dessa vez, o contato com a estrada aumenta, provocando o desgaste prematuro do ombro do pneu e prejudicando a economia de combustível do veículo.

A calibragem dos pneus carece de checagem toda manhã antes de começar a rodar. Não será possível coletar informações precisas após o veículo ser conduzido.

A temperatura dos lugares afeta diretamente na calibragem. A pressão será menor em temperaturas mais frias, e maior quando estiver calor.

Sabendo deste fator, é crucial analisar a calibragem dos pneus quando há mudança de estação.

Este cuidado com a pressão do pneu vai, consequentemente, ajudar também a prolongar sua vida útil.

COMO PROLONGAR A VIDA ÚTIL DOS PNEUS

Ler o manual de instruções do fabricante é uma atitude subestimada hoje em dia, mas que certamente ajuda a aprimorar a utilização dos pneus.

O perfeito alinhamento e balanceamento do conjunto-roda-pneu-válvula é indispensável para a segurança e garantia de um excelente comportamento dinâmico do veículo, preservando a vida útil dos pneus.

A calibragem dos pneus afeta diretamente o comportamento dinâmico do veículo e contribui para elevar o nível de segurança nas frenagens.

É importante que a calibragem esteja a todo momento de acordo com o que foi indicado pelo fabricante para auxiliar na obtenção de um desgaste regular da banda de rodagem e prevenir o surgimento de bolhas e protegendo mais contra impactos.

Os rodízios pré-estipulados e as manutenções periódicas são outras medidas essenciais para o controle de pneus.

Os prazos para ambas variam de acordo com a quilometragem percorrida usualmente, o tipo de mercadoria transportada e a consistência do solo nas rodovias.

Perigos para o pneu

Quando o assunto é banda de rodagem, o ideal em um veículo é que o desenho dos pneus sejam todos iguais para que o desgaste seja uniforme e a vida útil do pneu seja prolongada.

Dirigir com cautela com certeza não pode faltar entre os itens que contribuem para o bom estado dos pneus.

As bolhas, por exemplo, representam um dos problemas mais perigosos para os pneus.

Elas são causadas por impactos contra buracos nas rodovias ou por contatos contra o meio-fio rompem a lona de corpo de poliéster dos pneus, fazendo com que o ar pressione a borracha para fora, gerando essa protuberância.

Aumentar a vida útil dos pneus fica ainda mais fácil com um sistema de gestão eficiente.

O uso da ferramenta certa consegue automatizar serviços que estão sujeitos a erros quando feitos por pessoas.

Sistemas de gestão disponibilizam alarmes e ferramentas que incentivam os gestores a realizarem os devidos cuidados com suas frotas e a fazerem manutenções preventivas nos momentos mais adequados.

PRINCIPAIS INFORMAÇÕES DE UM PNEU

Os pneus são o ponto de contato crucial entre o veículo e a estrada. Esta informação torna as escolhas difíceis na hora de adquirir novas peças e deve transformar o comprador em uma pessoa exigente.

Banda de rodagem, desgaste, resistência do rolamento e aderência são alguns dos pontos a serem levados em consideração e que impactam no desempenho dos pneus. Mas quando a aquisição do pneu estiver sendo feita, deve-se ir além das especificações a técnicas.

Para escolher o pneu perfeito para a frota, é fundamental entender melhor alguns pontos, como tamanhos de aro, peso transportado, tipos de estradas a serem percorridas e a classificação de velocidade.

Cada veículo possui um tipo de pneu específico. O tamanho é definido pela largura, diâmetro e proporção da altura pela largura.

A decisão final do comprador, provavelmente, será entre eficiência ou preço.

TIPOS DE PNEUS

Pneus possuem várias formas e formatos, e em todas elas há uma complexa engenharia responsável por permitir a alta performance das peças em diferentes cenários.

Sua função é garantir grande parte da estabilidade do veículo, proporcionando aderência ao asfalto.

A diferenciação começa a partir das estações do ano. Enquanto os pneus de verão precisam oferecer aderência em estradas com temperaturas mais altas, estejam elas molhadas ou secas, os de inverno possuem ainda mais aderência em rodovias molhadas com temperaturas amenas.

O clima Brasileiro, principalmente nas regiões sul e sudeste, pede por uma opção que seja mais adaptável. Os pneus que facilmente se adequam a todas as estações combinam características dos pneus de inverno e verão, aproveitando os benefícios oferecidos por ambos.

Principais tipos de pneu:

  • On Road

Os pneus On Road são utilizados principalmente no asfalto e em vias pavimentadas.

Eficientes no escoamento de água, apresentam sulcos menos largos que aumentam o contato do pneu com a estrada e, consequentemente, a aderência.

  • Off Road

Para as estradas mais difíceis, como as de terra ou lama, são indicados os pneus os Off Road.

Esses contam com sulcos mais largos, alta frenagem e estabilidade para serem mais resistentes.

Para evitar o desgaste rápido, os pneus Off Road não devem ser utilizados no asfalto.

  • Misto

Como o próprio nome pode indicar, os mistos são ideais para os dois tipos de solo.

A largura dos sulcos desses pneus é maior do que as presentes no On Road e menor do que as do Off Road.

Sua estrutura é reforçada para suportar maiores impactos e ser mais resistente a perfurações.

  • Pneus verdes

Estes são os pneus ecológicos desenvolvidos para diminuir o consumo de combustível e a emissão de gases poluentes.

Os pneus verdes possuem resistência à rolagem, reduzem o risco de aquaplanagem e são ótimos para pistas molhadas.

COMO ESCOLHER O TIPO DE PNEU CERTO PARA CADA TIPO DE CAMINHÃO

Para escolher o melhor tipo de pneu para um veículo, primeiramente, dois fatores precisam ser compreendidos: a rota que usualmente é percorrida e o peso da carga.

Como citado anteriormente no texto, a situação das estradas e o tempo de percurso interferem no desempenho dos pneus.

A categoria da carga influencia o pneu no sentido mais óbvio que possa ser deduzido: cargas pesadas exigem esforço extra dos pneus, que por consequência, desgastam mais.

Ao realizar uma nova compra de pneu, o consumidor deve ter em mente as especificações que satisfazem as necessidades de seus veículos.

COMO LER UM PNEU

O fabricante obrigatoriamente precisa informar as especificações técnicas na lateral do pneu.

Nessa lateral constam alguns dados, dentre eles: DOT, fabricação, modelo, aro, se ele é radial, ou se possui câmara.

Sempre que for um pneu novo ele terá um símbolo do INMETRO.

Quando ele for reutilizado, o símbolo será rompido para que a recapadora responsável possa colocar a sua logo ou outra indicação de que a peça foi reconstruída.

CUSTOS DO PNEU

Este é um item que exige do gestor tempo para pesquisar.

O pneu tem diversas maneiras de precificação, como custo por fabricante, segmento específico, custo a ser transportado, por tamanho, aro, ou quantidade de borracha.

O mesmo pneu pode ter custos diferentes quando comparados os preços em algumas revendedoras.

As ofertas são várias. Cabe ao comprador analisar elas com cuidado para escolher a que possui o melhor custo-benefício.

Para isso, novamente convém o uso do controle de pneus.

PLANILHA DE CONTROLE DE PNEUS OU SISTEMA DE GESTÃO

Ambos têm benefícios. A ideia é entender se a empresa procura otimização de tempo ou apenas otimização de dados.

O Excel precisa ser alimentado constantemente e as informações se perdem muito mais fácil se não houver uma rígida organização.

O sistema de gestão além de ser automatizado, na maioria das vezes apresenta as informações de forma automática, minimizando as ações humanas.

Com a ferramenta, o tempo dos colaboradores pode ser direcionado para outras tarefas que realmente exijam seus conhecimentos, visto que será exigido menos durante a coleta e armazenamento de dados.

A menor intervenção humana permite igualmente que a assertividade das informações aumente significativamente.

Além de tudo, há flexibilidade de tempo. É possível acessar o sistema de gestão de qualquer plataforma e em qualquer lugar.

Ou seja, os administradores da ferramenta conseguem gerenciar as informações ou inserir novas observações de onde estiverem, 24 horas por dia.

Para comparação, abaixo, as vantagens de cada um:

Planilha Excel

  • Custo-benefício;
  • Não precisar de internet;
  • Pode ser utilizada por qualquer pessoa. Não necessariamente a pessoa precisa ter experiência em sistema para compreender;
  • Montagem de gráficos de acordo com o que eu quero enxergar. A maioria dos sistemas apresenta os gráficos pré-moldados.

Sistema

  • Otimização de tempo;
  • Controle fiel de informações;
  • Facilidade de manipulação dos dados;
  • Integração com diversas outras plataformas a gestão;
  • Facilidade de acesso remoto seja de um smartphone, tablet ou computador;
  • Índices mais precisos;
  • Indicadores que ajudam a direcionar os gestores;
  • Controle onipresente: matriz, filial, almoxarifados e segmentação.

Com este controle bem empregado, seja por planilha ou sistema, escolher qual pneu comprar se torna algo simples e rápido.

RECAPAGEM OU PNEUS NOVOS

As duas opções possuem benefícios e precisam ser consideradas. Quanto a recapagem, tratando-se da primeira, segunda e terceira vida, os pneus ainda apresentam condições aceitáveis.

A decisão final de compra depende do custo que esse pneu está trazendo e quanto as recapagens estão somando às despesas da empresa.

O cálculo a ser elaborado deve conter a quilometragem rodada com o pneu zero, comparado a quilometragem feita com o pneu já reformado ou consertado.

Se o rendimento das peças for muito abaixo do esperado, o descarte dos pneus deve ocorrer para que haja a aquisição de novos exemplares.

Se as trajetórias percorridas se assemelharem, a recapagem valerá à pena até que os resultados mostrem algo diferente.

Basicamente o custo é menor com a recapagem, mas a segurança é maior com a compra de pneus novos.

Na hora da decisão final, compete ao comprador conhecer as exigências que estão relacionadas a um pneu.

EXIGÊNCIAS LEGAIS PNEUS

Ao haver a intenção de uma nova compra ou restauração de pneus, é necessário que os gestores coletem o máximo de informações possíveis sobre o assunto.

Não conhecer as exigências legais referentes a estas peças pode acarretar em decisões prejudiciais a toda a operação da empresa.

Para evitar tais erros, uma pessoa que não conheça a fundo as regulamentações, deve também observar o que já está sendo escolhido para uso na frota.

Dentro de algumas plataformas, blogs ou no site do próprio Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), encontramos algumas resoluções de trânsito referentes aos pneus.

Algumas das restrições mais importantes falam a respeito da banda de rodagem e do TWI. De acordo com a resolução CONTRAN nº 492:

Art. 4º – Fica proibida a circulação de veículo automotor equipado com pneu cujo desgaste da banda de rodagem tenha atingido os indicadores ou cuja profundidade remanescente da banda de rodagem seja inferior a 1,6 mm.

E com a resolução CONTRAN nº 416:

Art. 4º Fica proibida a utilização de pneus reformados, quer seja pelo processo de recapagem, recauchutagem ou remoldagem, no eixo dianteiro, bem como rodas que apresentem quebras, trincas, deformações ou consertos, em qualquer dos eixos dos veículos novos ou em circulação.

É importante estar atento ao segmento no qual a empresa atua. Existem legislações específicas para os pneus em cada um deles, seja transporte rodoviário de pessoas ou de cargas.

Fique ligado

As exigências para este segmento são inúmeras, o que contribui para o aumento da grande demanda de trabalho dos gestores de frota.

Considerando como base o que foi apresentado, sua empresa será capaz de realizar as ações logísticas de maneira simplificada e ágil. Economizando assim, tempo e dinheiro.

Ao contar com o controle de pneus você terá mais segurança para tomar decisões que, por sua vez, terão mais chances de serem assertivas. Evitando acidentes e garantindo segurança a todos os envolvidos no transporte.

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